A morte é um evento normal na vida humana. Afinal de contas, todos estamos destinados a morrer. Contudo, quando alguém próximo morre, é comum passar pelos estágios do luto, sofrendo mais ou menos dependendo da pessoa.
É por isso que devemos entender melhor o luto e como ele nos atinge, para assim, poder desenvolver os mecanismos para superá-lo.
Assim sendo, se você passou pela a morte de alguém recentemente e quer entender mais sobre o luto, continue lendo esse artigo que preparamos.
Conteúdo do artigo
A morte de um ente querido e as etapas do luto
Após a morte de um ente querido, todas as pessoas experimentam uma fase de instabilidade emocional de características muito variáveis, as vezes necessitando de apoio psicológico. É o que conhecemos como luto, um processo que é necessário superar para viver a vida normalmente.
O luto possui algumas etapas, que variam de pessoa para pessoa.
Conhecer essas etapas é útil para que as pessoas afetadas pelo luto (ou seus familiares) tomem consciência de qual delas estão e possam gerenciar melhor suas emoções.
Quais os estágios do luto?
1. A negação
Nos primeiros momentos, após a morte, um profundo sentimento de injustiça chega ao familiar afetado. Seus pontos de referência são alterados e a separação do ente querido lhe parece impossível e não a aceita.
Esta fase só é experimentada por algumas pessoas. Se se apresentar, não devemos nos preocupar excessivamente: nada mais é do que um mecanismo de proteção que dá tempo à pessoa para assimilar a realidade do falecimento e, mais cedo ou mais tarde, chegará à aceitação.
2. A raiva
Diante de uma morte indesejada, outra possível reação do luto é a raiva. Algo aconteceu que, segundo a pessoa que enfrenta a morte do ser amado, não deveria ter acontecido.
A raiva pode se dirigir ao ente querido falecido (que não deveria ter morrido), a si mesmo (por não o ter evitado), aos outros, à vida ou a Deus.
3. A negociação
Quem experimenta esta fase tenta recuperar a pessoa amada que morreu.
O afetado “negocia” com Deus ou com entidades paranormais o retorno do falecido, oferecendo em contrapartida promessas e mudanças de comportamento ou hábitos.
Uma expressão mais suave desta fase é a tentativa de “manter vivo” o falecido através de ações como colocar os seus objetos pessoais ou o seu perfume, ver repetidamente as suas fotografias ou vídeos, ouvir repetidamente as mensagens de voz ou ir aos seus lugares favoritos.
4. A depressão
Após o inevitável fracasso da negociação ou dos episódios de raiva, começa uma fase de depressão que pode incluir muita tristeza e até distúrbios depressivos.
Nos casos mais graves, os sintomas serão exatamente os mesmos que em uma verdadeira depressão patológica, pelo que a pessoa afetada pode precisar de ajuda psicológica para superá-la.
5. A aceitação
Nesta fase, aceita-se a perda e a partida definitiva do ente querido, tomando consciência da realidade da sua morte.
Muitas pessoas experimentam esta fase em primeiro lugar, visto que ela tem que preparar toda a celebração fúnebre do ente querido.
Em outras pessoas, esta fase pode ser apresentada depois de superar qualquer uma das que aqui apontamos
A morte: como passar pelo luto?
1. Aceite os próprios sentimentos
Após a morte, quem perdeu um ente querido pode experimentar sentimentos muito variados. Alguns deles se expressam em raiva, negação, tristeza e frustração. Mas muitas vezes outros também aparecem como exaustão, culpa, impotência, ansiedade, desespero, insensibilidade, alívio, confusão, vazio, medo.
A chave neste caso é se dar a possibilidade de passar por tais sentimentos, mesmo que, de um ponto de vista racional, lhe pareçam errados.
2. Cuide da saúde
Uma boa alimentação, praticar exercício físico e descansar e dormir as horas certas são fatores de grande importância para cuidar da saúde física e emocional.
E isso, por sua vez, é fundamental para tornar o processo de perda um pouco mais suportável, para dotar o organismo da energia necessária para poder lidar com os pensamentos negativos e, em última análise, para seguir em frente após a morte.
3. Lembre-se dos bons momentos
Embora possa ser complicado, ter memória dos bons momentos vividos com a pessoa perdida pode ajudar, uma vez que ajuda a dissociar a imagem do falecido durante os seus últimos dias (se foi por causa de uma doença) ou do choque que nos produziu a notícia da sua morte (se esta ocorreu de repente).